quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Mulheres Perfeitas

*Este post foi escrito originalmente em 08/01/08. É baseado no filme de mesmo título.

Ashley era uma mulher bem sucedida. Formada, pós-graduada, tinha um bom emprego o que lhe garantia segurança e estabilidade. Dedicou sempre o seu tempo em busca de realização profissional e pouco se dedicava ao seu casamento. Filhos nem pensar, correria o risco de conviver com estranhos de seu próprio ventre.

Tudo corria "tranqüilamente" até que um dia lhe surgiu algo um tanto inesperado: uma súbita demissão. Seus superiores declararam que seu trabalho era bom, mas estaria trazendo certos inconvenientes à empresa. Ashley levou alguns segundos para voltar a si. Na volta para casa veio refletindo sobre todo o caminho que tinha trilhado até aquele momento. Pensou na seu esforço para sempre ser a primeira da sala na época da faculdade. Das noites em claro para conseguir a vaga de pós-graduação. Do empenho para que a empresa estivesse sempre em ordem.
Ali decidiu que não iria mais fazer tudo de maneira tão ordenada e planejada. Claro que não deixaria de ser a mulher responsável que sempre foi. Mas seria mais moderada. Moderada seria a palavra-chave.

Resolveu investir mais no casamento que há bastante tempo já vinha amornando. Mudou-se para uma cidade menor longe do caos urbano. Ao chegar à cidade percebeu que as pessoas pareciam sempre felizes. As mulheres eram "perfeitas". Eram carinhosas, obedientes, sempre com a imagem impecável, ocupavam-se apenas das tarefas domésticas. Ashley logo estranhou todo aquele comportamento. No entanto, achou que poderia ser paranóia sua só porque ela era uma mulher de hábitos urbanos. Resolveu, portanto se adequar. Com o passar do tempo começou a estranhar as saídas do marido e sua demora a voltar. Começou a investigar e encontrou algo que não podia jamais imaginar. Descobriu que seu marido juntamente com os outros maridos da cidade haviam fundado uma sociedade secreta. O objetivo era fazer uma verdadeira transformação no cérebro das mulheres através de lavagens cerebrais tornando-as "doces" e submissas. E Ashley era o próximo alvo.

Seu marido estava cansado de sempre ser deixado de lado e se submeter a seus caprichos e achava ter encontrado uma boa solução. Mas este amava sua mulher e talvez a amasse do jeito que era. Só dependia dos dois para encurtar o fosso que os separavam, principalmente, dependia mais dela já que ele sempre esteve disposto a tentar.

Talvez aqui valha a pena mencionar o pensamento de Aristóteles. É preciso ter equilíbrio para ser feliz. Só através do equilíbrio e da moderação é que podemos nos tornar pessoas felizes ou "harmônicas". Ashley descobriu que trabalhar de menos seria preguiça, mas trabalhar demais poderia ser insanidade.

2 comentários:

Unknown disse...

Maybe Ashley didn't know yet, is that happyness, as clearly described in the united states freedom declaration, copied from the human rights menifest, is that every man and woman has the right to freedom, property and the PURSUIT of happiness. Notice that the pursuit is the right we have. Why tehy didn't daid that we have the right TO BE HAPPY? Is that possible? Or is it just an illusion to make us continue to go on?

Unknown disse...

A felicidade é algo pelo que sempre estamos atrás. Seja emocionalmente ou materialmente (se assim posso dizer). Pelo menos para os ocidentais, felicidade parece ser um conceito vago criado para definir alguns momentos efêmeros de nossas vidas.

 

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