quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

A cobiça

Sally era um misto de encanto e malícia. Estava no auge de seus 19 anos e estava acostumada a possuir o que queria, principalmente quando se tratava de homens. Como era demasiadamente atraente, em geral não havia homem que a resistisse.

Neste mesmo período estava entrando na faculdade. O clima era de total euforia. 50 pessoas que nunca (ou quase) tinham se visto agora iriam conviver diariamente por 4 anos. É claro que muitos desistiram pelo caminho. No segundo ano, já contavam pelo menos 40 alunos na turma, pois muitos haviam passado em duas faculdades e depois acabaram por largar o curso. Era o caso de Sally. Mas ela tinha decidido que levaria as duas, o que de fato foi praticamente impossível, pois a vida não é uma estrada reta e sem obstáculos. Ao final do segundo ano, os estudos apertaram e ela teve que optar. Então decidiu largar um de seus cursos por 6 meses e depois faria a mesma coisa na outra para retomar.

Ao passar o semestre, Sally voltou como havia planejado. Mas um acontecimento que não estava no script pegou-a de surpresa. Logo no seu primeiro dia de aula, ao adentrar a sala e olhar o ministrante da aula, seus olhos brilharam. Apaixonou-se à primeira vista pelo seu professor. Ele nada tinha de tão espetacular fisicamente. Era baixinho, aparentava estar batendo à porta dos 40, mas tinha um jeito encantador. E não encantava apenas Sally, mas a maioria das outras alunas. Mas o príncipe já havia montado seu castelo. Era casado e tinha uma linda e adorável filha. A esposa também era professora do mesmo departamento, que deixava Sally em uma situação constrangedora. A cada aula sentia algo lhe espetar. Talvez fosse o bichinho da dor de cotovelo. Como aquele homem poderia nem a notar, pelo menos da maneira que ela esperava?

Resolveu investir na conquista. Se dedicava amplamente àquela disciplina para obter excelentes resultados, como maneira de chamar a atenção. De nada adiantou, aquele homem sempre parecia sério demais. Elogiava apenas pela questão de mérito, assim como elogiava aos outros alunos que obtivessem bom desempenho. Resolveu apelar mesmo para o que sempre teve de mais atraente: sua beleza física. Maquiagem, unhas feitas, cabelos em ordem, saltos, mini-saias, decotes, etc...

Nada. Aquele homem parecia insensível às suas investidas. Se a notava, fazia questão de nada demonstrar. E talvez fosse aquele desprezo que atraísse cada vez mais o interesse de Sally por aquele homem. Mas todas as suas tentativas foram fracassadas. Ao decorrer do tempo começou a dar-se por vencida. Mas ainda sonhava com o dia com que ele pudesse acalentar seus desejos.

O semestre acabou e no seguinte a esposa foi a professora de uma das disciplinas. Sally começou a adquirir respeito por aquela mulher e a idéia de destruir um lar, uma familia ou um amor começou a lhe incomodar. Se aquele homem era realmente fiel à sua esposa não poderia afirmar, mas certamente esforçava-se para ser.E Sally foi obrigada a entender que nem sempre querer é poder.

0 comentários:

 

Mulheres HIPER-feitas | Desenvolvido por EMPORIUM DIGITAL