sexta-feira, 29 de julho de 2011

Quando criei este espaço tinha um objetivo muito específico: falar desse nosso maluco universo, dessa miscelânia de sentimentos que nos confunde a cada instante, através de personagens fictícios que poderiam muito bem ser cada uma de nós. Sim, porque cada uma de nós carrega  nem que seja uma gota de tudo o que há de bom e ruim nesse universo. Somos ciumentas, rancorosas, invejosas, preguiçosas, vaidosas, egoístas, mas justiça seja feita: somos os seres mais amáveis do mundo. Somos capazes de perdoar, ajudar e fazer sempre o melhor. Por isso,  não há como falar em mulheres perfeitas, apesar dessa ser a nossa quimérica presunção. Por tanto tempo fiquei vagando num espaço buscando certas respostas que contemplassem as minhas loucas elucubrações sobre esse famigerado "universo feminino". Olhava para mim, olhava para as outras. Buscava achar as semelhanças e as diferenças. Buscava entender por que certo comportamento me irritava em um indíduo desta minha espécie. E a cada momento achava que eu estava um passo a frente na linha da evolução. Confesso que ainda penso assim. Mas sou cautelosa, e tenho em mente que ainda estou longe do que poderia ser considerado o apogeu da espécie. No entanto me dói ainda ver que certos individuos parecem estar no inicio desta escala evolutiva. Ainda me dói ver certas mulheres não se valorizarem.  Algumas  acham que a vida é feita apenas de casamento, filhos e flor bonita no vaso da mesa de estar. Outras numa ânsia vontade de serem livres e modernas, vulgarizam-se, transformando-se em "objetos descartáveis".  Estamos no século XXI, mas muitas de nós ainda estamos na caverna, de costas para a luz. Poucas conseguiram sair da caverna. Algumas pagaram caro pela audácia. Mas estas nos abriram o caminho. E se hoje a caverna anda mais clara, foi graças as brechas que estas abriram. Porém, muitas de nós não saem porque não querem. Têm medo de quebrar as unhas. Talvez não saibam que já existem esmaltes fortificantes. Talvez não saibam que podemos sim, ser lindas e femininas e poderosíssimas e bem-resolvidas. Talvez não saibam que melhor que ser perfeita, é ser HIPER-FEITA!!

sábado, 9 de julho de 2011

Conselhos Alheios

MULHERES QUE NÃO SE AMAM DEMAIS
Por Gisela Rao



Bem, escolhi o tema aí de cima porque tenho ouvido muito falar sobre "Mulheres que Amam Demais" nas revistas, na tv, nas novelas, etc. E porque me dói muito ver uma de nós sofrendo tanto por "amor" (ou por qualquer motivo que seja). Já fui uma mulher que amava demais. Sofri para diabo e todo mundo, até minha professora de inglês, dizia que eu tinha que me amar mais. Essa frase, na época, me parecia tão sem sentido quanto dizer para um alcoólatra que ele deveria tomar suco de cupuaçu no lugar de uísque.

Namorei homens que, simplesmente, me massacraram psicologicamente. Homens que me rejeitaram, que me trataram indiferentemente e que fizeram com que eu me sentisse pior do que um suco de tomate em lata. Há um provérbio árabe que diz: "A culpa é do morto e não do assassino". E, concordo que, se eu passei por tudo isso, a culpa foi minha por ter deixado. Quem me tirou dessa? Anos de terapia, claro, que me fizeram desistir de querer arranjar um clone do meu pai. Bem, meu pai até que tenta se esforçar, mas é um desses caras frios, que não fazem a menor questão de um carinho ou coisa parecida. Ok, vamos chamá-lo de rejeitador... Demorou muitos anos pra que eu conseguisse me desvencilhar desse "modelo" masculino e pudesse ter um cara legal ao meu lado (ok, ninguém é perfeito: ele vive comprando tabletões de chocolate Nestlé no auge do meu regime de pontos).

A terapia também fez com que eu me gostasse mais, o suficiente para mandar, hoje em dia, pros quintos do inferno uma pessoa que não me trate com o devido valor.
Não é fácil mesmo amar, porque, geralmente, ninguém nos ensina lá muito bem essa arte. Estamos sempre confundindo amor com paixão e vivemos nos descabelando e nos sacrificando demais em nome do "amor". Mulheres são mais suscetíveis a essa entrega exagerada. Uma vez, assisti uma cena no filme "Blade, o vampiro" onde a mocinha dava, literalmente, seu pescoço para o namorado (vampiro!) ficar mais forte. É claro que ele não ficou com ela no final do filme.
Sempre falo para minhas amigas que amam demais: "Arrumem outra paixão! Um hobbie, uma dança, uma coleção de borboletas... Coisas que farão com que vocês vejam que a vida não é só relacionamento".

Gostaria de aproveitar essa coluna para transcrever um trecho de um texto que recebi pela internet mas, que, infelizmente não sei de quem é: "A maior diferença entre a paixão e o amor é que a paixão escraviza e o amor liberta, o que parece contraditório, pois geralmente nos apaixonamos quando estamos livres e começamos a amar depois de comprometidos. A paixão escraviza porque te torna refém do telefone, do correio e demais sinais sonoros e visuais de reciprocidade. O amor liberta porque tem certeza do sentimento do outro, e se não tem, ao menos tem certeza do próprio sentimento, e isso faz com que a gente gaste o nosso precioso tempo pensando em outras coisas igualmente importantes, como trabalho, viagens, leituras e amigos. A paixão escraviza porque te faz planejar cada frase dita e cada decote escolhido.
O amor liberta porque é raro, exige intimidades maiores do que ficar juntos apenas numa festa, exige cumplicidade e dedicação, e como nem todos estão a fim deste esforço, passam batidos por aquele ou aquela que poderia ser o amor eterno deles, mas que é todo seu.


 

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