Marjorie via-se perecer a cada ano que passava numa velocidade súbita. O viço da sua beleza cedia lugar a um constante ar de fadiga e até mesmo, doentio.
Havia pouco mais de dois anos de casada que mais pareciam 30.Toda a paixão fulminante do início havia se reduzido a quase pó. As loucuras, declarações davam lugar agora às súplicas, discussões cada vez mais constantes. Ela cobrava a atenção devida e ele chegara ao ponto de por vezes, detestá-la, por não suportar suas insistentes cobranças.
Odiava as chantagens dela, pois suas cobranças só colaboravam para diminuir o sentimento que ainda lhes restava por ela. Gostava dela, lhe tinha afeição, mas por que tem que ser tão insuportável? Pensava ele.
- Não vá, por favor. Fique comigo. Implorava ela.
- Me deixe em paz. Pensava ele.
Mas apesar de tudo, lhe faltava a coragem necessária para colocar um ponto final naquela relação que para ele, tinha se tornado um fardo. Tinha um sentimento de pena e no final das contas, não lhe queria mal.
O comodismo havia se instalado na vida daquele casal que no final das contas, pareciam não ter mais motivo algum para continuarem juntos. Ele, a qualquer momento arranjara desculpas para não permanecer em casa. Não tardou a começar a se interessar por outras mulheres, chegando cada vez mais tarde em casa. E Marjorie cada vez mais, afundava na amargura de seu inexorável destino.
Marjorie por vezes lamentava não dar aos seus sentimentos a expressão violenta que eles exigiam. Possuía um excepcional auto-controle, pois partia da idéia que somente mulheres de baixo calão faziam cenas e barracos.
No entanto, Marjorie era extremamente obcecada pelo marido. Não imaginava a vida longe daquele homem. O amor por ele superava o seu amor-próprio. Pensava que toda aquela situação passaria com o tempo; que se tratara de uma fase típica de casais; que o casamento não é feito apenas dos bons momentos e que o verdadeiro amor reside no fato de ter força para superar os momentos ruins; e outras lenga-lengas do gênero.
Chegara o aniversário de três anos de união. Ele obviamente não se lembrara. Mas ela não perdia a chance e a esperança de tentar reconquistá-lo, ou na melhor das hipóteses, comovê-lo.
Nesta noite os dois viveram um efêmero estado de intimidade. Um estado de relações repleta de uma singular falsidade.
Entretanto, o descaso dele falaria mais alto. Como não lembrara-se da data, já havia marcado um compromisso o qual não desmarcaria por conta da ocasião, deixando Marjorie sozinha no decorrer da noite.
Parecia o fim; a gota final; e Marjorie parecia realmente disposta a largar esta vida de amargura. Pegou uma mala e começou a jogar alguns pertences dentro. Mas no decorrer da arrumação pôs-se a pensar: Para onde iria? Como se sustentaria? Com quem contaria? Não possuia emprego, nem muitas experiências. Seus pais não moravam na cidade e também não poderiam ajudá-la naquele momento. Viu-se sozinha, num vácuo e pensou que já era ruim com ele, pior seria sem. Acabou por esvaziar a mala e a guardá-las novamente.
Voltou portanto, a representar a farsa que era o seu casamento.
Havia pouco mais de dois anos de casada que mais pareciam 30.Toda a paixão fulminante do início havia se reduzido a quase pó. As loucuras, declarações davam lugar agora às súplicas, discussões cada vez mais constantes. Ela cobrava a atenção devida e ele chegara ao ponto de por vezes, detestá-la, por não suportar suas insistentes cobranças.
Odiava as chantagens dela, pois suas cobranças só colaboravam para diminuir o sentimento que ainda lhes restava por ela. Gostava dela, lhe tinha afeição, mas por que tem que ser tão insuportável? Pensava ele.
- Não vá, por favor. Fique comigo. Implorava ela.
- Me deixe em paz. Pensava ele.
Mas apesar de tudo, lhe faltava a coragem necessária para colocar um ponto final naquela relação que para ele, tinha se tornado um fardo. Tinha um sentimento de pena e no final das contas, não lhe queria mal.
O comodismo havia se instalado na vida daquele casal que no final das contas, pareciam não ter mais motivo algum para continuarem juntos. Ele, a qualquer momento arranjara desculpas para não permanecer em casa. Não tardou a começar a se interessar por outras mulheres, chegando cada vez mais tarde em casa. E Marjorie cada vez mais, afundava na amargura de seu inexorável destino.
Marjorie por vezes lamentava não dar aos seus sentimentos a expressão violenta que eles exigiam. Possuía um excepcional auto-controle, pois partia da idéia que somente mulheres de baixo calão faziam cenas e barracos.
No entanto, Marjorie era extremamente obcecada pelo marido. Não imaginava a vida longe daquele homem. O amor por ele superava o seu amor-próprio. Pensava que toda aquela situação passaria com o tempo; que se tratara de uma fase típica de casais; que o casamento não é feito apenas dos bons momentos e que o verdadeiro amor reside no fato de ter força para superar os momentos ruins; e outras lenga-lengas do gênero.
Chegara o aniversário de três anos de união. Ele obviamente não se lembrara. Mas ela não perdia a chance e a esperança de tentar reconquistá-lo, ou na melhor das hipóteses, comovê-lo.
Nesta noite os dois viveram um efêmero estado de intimidade. Um estado de relações repleta de uma singular falsidade.
Entretanto, o descaso dele falaria mais alto. Como não lembrara-se da data, já havia marcado um compromisso o qual não desmarcaria por conta da ocasião, deixando Marjorie sozinha no decorrer da noite.
Parecia o fim; a gota final; e Marjorie parecia realmente disposta a largar esta vida de amargura. Pegou uma mala e começou a jogar alguns pertences dentro. Mas no decorrer da arrumação pôs-se a pensar: Para onde iria? Como se sustentaria? Com quem contaria? Não possuia emprego, nem muitas experiências. Seus pais não moravam na cidade e também não poderiam ajudá-la naquele momento. Viu-se sozinha, num vácuo e pensou que já era ruim com ele, pior seria sem. Acabou por esvaziar a mala e a guardá-las novamente.
Voltou portanto, a representar a farsa que era o seu casamento.
8 comentários:
Vou reescrever este texto para deixá-lo mais degustativo.
Ps. Continuo a destilar venenos literários em http://vocenaoprecisaentender.blogspot.com/
gostei do blog, vou voltar mais vezes. beijos
Majestosa e altivamente submissa
Uma árvore curva-se à lagoa
Encontrei um arco-íris perdido na terra
Este canto não pára até que a alma doa
Convido-te a olhar os sentires que emanam do altar do Sol
Bom fim de semana
Mágico beijo
Nossa gostei bastande do seu blog , histórias e mais histórias .
Obrigada pela a visita ao meu tbm .
;*
Não encontrei teu orkut pra deixar recado. Então vim aqui. Parece besteira, afinal você MORA na mesma casa que eu, mas como minhas habilidades sociais são deprimentes, eu resolvi lhe dizer aqui, que não me agrada ver você reprimida pelos cantos da casa, como se você estivesse aqui de favor. Você é parte da família, e assim como todos nós tem suas vontades e necessidades. Pode ser que você tenha até se acostumado a essa situação (eu não sei) mas eu não. Me dá vontade de perguntar todas vez se você precisa de algo, pois parece sempre que sim, mas nunca pergunto, não se com com medo de parecer chato, grudento, ou preocupado demais. Sei que você deveria passar esse tempo assistindo filmes, ouvindo música, conversando, ou mesmo pegando um vento em um lugar bonito. Só quero que saiba que se precisar de qualquer coisa, mesmo que seja só de companhia, eu estou aqui perto, é só falar, ou mendar uma mensagem, ou um ofício, pois sei que suas habilidades interpessoais são tão fantásticas como as minhas. Também por tudo o que aconteceu, sei que a tendência é essa - mas você é a mãe da Dani, uma das coisas mais importantes do mundo pra mim, então... não era para ser assim...
beijos
Olá, vim agradecer pela visita. Volte sempre!!!
Quando estiver com mais tempo, passo para uma leitura.
Beijos
Line, line...
Nossa vida não será fácil, mas se nos sobra papel e caneta, então vamos aproveitar esse imenso material que é a vida.
Melhoras à minha amiga!
Beijos!
Natalia
Quantos casamentos convivem com realidade semelhante?
Cadinho RoCo
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